O rapaz perdido (seguido de) Sem porta – Thomas Wolfe

 

O centro do Mundo (emocional e por sua vez literário) de Thomas Wolfe é a casa onde em criança viveu com a família. A sua obra desloca-se, em espiral, em torno deste ponto, e por aquilo que o cerca, a cidade de Asheville, de onde nunca saiu, embora tivesse vivido em vários países desde muito jovem. Na presente edição, o centro do Mundo chama-se O rapaz perdido  e Sem Porta.

Em O rapaz perdido, a acção decorre em 1904, na época da Exposição Universal celebrada em Saint Louis. Grover Wolfe, o menino referido no título, tem apenas 12 anos, mas, segundo dizem aqueles que o conheceram, foi abençoado por uma sensibilidade e uma maturidade extraordinárias. Escrita pelo seu irmão mais novo, Thomas Wolfe, a novela conta, em quatro tempos, com quatro vozes distintas e bem diferenciadas, a procura pelo “rapaz perdido”. Apesar de ter sido escrita antes de O rapaz perdido, William Faulkner considerava Sem porta: um conto sobre o tempo e o vagabundo a sua continuação natural. Também aqui aparece o irmão perdido, apesar de serem outros os verdadeiros protagonistas da novela: o pai morto e a casa de família; os rudes condutores que atravessam os Estados Unidos da América de noite com os camiões carregados de mercadoria; um milionário entediado com a sua cómoda vida; os esplêndidos e singulares estudantes de uma universidade inglesa; e um misterioso personagem que, imutável, observa todos os dias o mundo através de uma janela. Contudo, o verdadeiro protagonista destas páginas extraordinárias, é o seu narrador, um Thomas Wolfe que, como ele mesmo confessaria, derramou nelas todo o seu entusiasmo, toda a sua confusão, e todos os seus temores juvenis (sem saber que morreria pouco tempo depois, e ainda jovem). Outubro de 1931, de 1923, de 1926, o mês de Abril de 1928: uma viagem pelo tempo através das estações do ano, pela natureza do país, e por quatro momentos essenciais da vida do autor.

«… tanto O Rapaz Perdido como Sem Porta. Um conto sobre o Tempo e o Vagabundo, reunidos num único volume, são dois pequenos tesouros que, sob a forma de protesto, não deixam de lembrar que há vida além da monocultura da ficção – tanto aquela que corre atrás dos temas da actualidade de telejornal como a outra que, com os seus capítulos curtos e a sua pressa narrativa, se aproxima de uma má série televisiva.»
João Oliveira Duarte, «Thomas Wolfe. Um monumento ao sul», Jornal i (16/04/2020).

15,00

Informação adicional

Autor

Thomas Wolfe

Ano de Edição

2019

Encadernação

Capa Mole

Idioma

Páginas

176

ISBN

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